segunda-feira, 29 de março de 2010

By Rosana Benevenuto





"A onda ainda quebra na praia,

Espumas se misturam com o vento.

No dia em que ocê foi embora,

Eu fiquei sentindo saudades do que não foi

Lembrando até do que eu não vivi

pensando nós dois..."

Trecho da música Último pôr-do-sol - Lênine

sábado, 27 de março de 2010





"A gente não vê quando
o vento se acaba..."



(Ninhinha, A menina de lá, G. Rosa)

terça-feira, 23 de março de 2010

Reticências








...


EXISTIA UM PORÉM



EM TUDO QUE EU FAZIA.



EU FAZIA,



PORÉM



...
Rosana Benevenuto



sábado, 6 de março de 2010

O DOM ou A RESPOSTA!


"Aqui, um território vazio, espaços, um pouco mais que nada. Ou muito, não se sabe. Mas não há ninguém, é certo. Uma cobra, talvez, insinuando-se pelas pedras e pela pouca vegetação. Mas o que é uma cobra quando não há nenhum homem por perto? Ela pode apenas cravar seus dentes numa folha, de onde escorre um líquido leitoso. Do alto desta folha, um inseto alça vôo, solta zumbidos, talvez de medo da cobra. Mas o que são os zumbidos se não há ninguém para escutá-los? São nada. Ou tudo. Talvez não se possa separá-los do silêncio ao seu redor. E o que é também o silêncio se não existem ouvidos? Perguntem, por exemplo, a esses arbustos. Mas arbustos não respondem. E como poderiam responder? Com o silêncio, lógico, ou num imperceptível bater de suas folhas. Mas onde, como, foi feita essa divisão entre som e silêncio, se não com os ouvidos?..."

Sérgio Sant´Anna