quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Há mais de dez anos...





Opa!! Estava procurando uns textos para um trabalho...achei um poeminha! rs
Faz tanto tempo!!
Devo ter escrito num ônibus lotado!
Certeza!!rs




Não quero mais pensar

O despertador que toca...

Leite a derramar...

Trabalhar.

O telefone que toca...

Gente que não se toca....

A cansar.

A correria do dia...

A empolgação diminuia...

Assim ia.

Sol se escondendo...

As pessoas morrendo...

Voltando.

O banho de água fria...

Quase tudo se repetia...

Deitando.



(22/01/99)

domingo, 27 de setembro de 2009

O grito


" Aproximei-me do Luís Gonzaga e pus-me a pensar muito a frio que naquelas circunstâncias uma lágrima o faria feliz mas eu não dispunha de nenhuma para lhe dar. Ao princípio sentira-me triste, desconsolada, mas agora começava a experimentar uma estranha sensação de liberdade, quase pertubadora naquele momento. O Luís parecia esperar de mim o quer que fosse. Achei-me a dizer a mim própria, em silêncio [...] E as frases que me ocorriam deram-me de súbito uma grande vontade de rir.
- Estás a sofrer, Mariana, - disse o Luís. - Para quê tudo isso? Chora, se te apetece.
A vaidade dos homens!!!! Como havia eu de chorar, por que havia eu de chorar...Porque se ia embora, julgava ele.... A vaidade dos homens, a incrível e ridícula vaidade dos homens ..."
CARVALHO, Maria Judite. Tanta Gente, Mariana.

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Pra não dizer que não falei das flores...


Começar uma história pelo começo nem sempre é fácil. Nem sempre é possível saber em que momento começa uma história...
Enfim...mais um dia começou. Ensaio bonito, radiante, repleto de cores!
Cada um saiu na sua. Cada um com as suas bagagens e quilômetros de estrada.(Talvez se tivessem prestado atenção nos pequenos detalhes... algo poderia ter sido diferente...)
Porém, não foi!
Luzes intensas! As horas foram passando...novas tonalidades... e a tarde sumia...
E o cenário foi se modificando aos poucos...de um fervor...para lágrimas fortes que caíam do céu... Gotas que tentavam aliviar dores...que procuravam acalmar o grito mudo daqueles que sentem o vazio...
Porém, as emoções estavam à flor da pele! As emoções exalavam por suores de álcool e de unhas feitas de crepúsculo, na busca incontrolável de esbanjar-se no doce amarelo-gema...
Entretanto, o imprevisto.
Uma partida. Uma passagem. Uma descida. E um anseio de ir contra todos os sentidos...
Uma contramão.
Um estrondo.
Um encontro brusco.
Marcas complicadas.
Explosão de cores.
Risos nervosos.
Falas desconexas.
Tontura deliberante.
No outro dia, um consolo...
" Ainda há uma rosa...
uma boneca...
um grão..."

segunda-feira, 7 de setembro de 2009

Como vovó já escrevia...

Sempre procurei expressar no papel as entrelinhas da vida. Mas nunca quis expor nada...Nunca quis me expor... Todavia, agora, pretendo expressar algumas coisas aqui...Não tenho a pretensão de postar sempre...Na verdade, não tenho pretensão nenhuma... Porém, quero buscar aqui, expressar-me um pouco e resgastar um pouco do meu "eu", sair do automatismo, da correria do dia, da rotina puxada, ou seja, da humanidade perdida... Tenho que dar conta de tudo e mais um pouco. Muito penso, procuro cumprir com minhas obrigações, horários, sinto que extrapolo muito, muitas vezes, sinto que rasgo-me toda... Por isso, quero um momento, uma pausa, um suspiro e etcetera... Só quero parar, respirar e expressar um pouco. Enfim, nada é novo! A internet possibilita o maior alcance de olhos, de ouvidos e de vozes, mas a prática em si, meus caros, é velha!!! É isso...só estou continuando...como vovó já escrevia...