Rosana Benevenuto
quarta-feira, 19 de outubro de 2011
sexta-feira, 14 de outubro de 2011
"EXISTE SEMPRE UMA COISA AUSENTE"
"Sonhei que você sonhava comigo. Ou foi o contrário? Seja como for, pouco importa: não me desperte, por favor, não te desperto." (Por trás da vidraça)
“Pensar viagens
toda noite me leva
a um pouso diferente
mas o sonho que sonho
é sempre o mesmo:
um lar”.
Poema de Ryoban, monge budista zen do século XIII – em “A fúria dos jovens e a paz dos velhos"
"Vim para casa humilde. Depois, um amigo me chamou para cuidar da dor dele. Guardei a minha no bolso. E fui. Não por nobreza: cuidar dele faria com que eu esquecesse de mim. E fez. (...)" (Pálpebras da neblina)
"(...) A única coisa que posso fazer é escrever - essa é a certeza que te envio, se conseguir passar esta carta para além dos muros. Escuta bem, vou repetir no teu ouvido, muitas vezes: a única coisa que posso fazer é escrever, a única coisa que posso fazer é escrever." (Primeira carta para além do muro)
domingo, 9 de outubro de 2011
domingo, 14 de agosto de 2011
Pronome possessivo
Uma viagem...
Nos últimos anos tenho procurado atravessar as minhas próprias fronteiras, meu íntimo, meu ser... Em busca, procuro por meio de diversas artimanhas, encontrar-me, para que o meu eu, possa revelar-se mais facilmente, a partir de diversas experiências proporcionadas pela vida.
Todavia há viagens - agora estou me referindo das externas - que modificam muito o nosso interior. Ás vezes, a gente precisa ir, nem sei bem pra aonde, mas precisa movimentar-se...a fim de sentir, vivenciar novas situações e novas sensações.
A viagem que fiz nesse mês de julho foi, certamente, umas das melhores. E saiba, que já fiz muitas boas, muitas mesmo!!! Já pude conhecer as mais belas capitais do nordeste, de Salvador a Recife, passando por Natal, João Pessoa, dentre outras... Já até conheci a capital de nossos hermanos! rs Enfim, não só as capitais, mas já fui em um bocado de cidadezinha "qualquer", como a do poema de Drummond, porém tão especiais para mim...
Eis que resolvi ir para a Chapada dos Veadeiros, em Goiás, passando por Brasília. Na verdade, essa vontade surgiu desde o ano passado, por conta de algumas coincidências... Bateu e ficou. Só esperei a oportunidade.
A viagem que fiz foi reveladora, inspiradora e inesquecível! Não sei muito bem o porquê, mas foi...
Deve ter sido porque eu nunca tinha visto o cerrado, nem as famosas chapadas... Só tinha lido algo superficial nos livros de Geografia. O cerrado é muito belo. A natureza é impecável! As flores que vi, as árvores, os arbustos eram novos para o meu olhar.
Só pode ter sido pela paisagem - que para um olhar mais desavisado - parece morta, seca, no entanto está repleta de vida e de resistência.
Deve ter sido também pelas águas geladas, ora mornas, que banharam-me e que me renergizaram.
Ou por causa da atmosfera mística do lugar, dos papos que tive sobre astrologia, pelo campo magnético e pelo aeroporto de ets captados via sinal de GPS! Só pode ter sido! rs
Outrossim, só pode ter sido por causa do yoga. Pude fazer algumas práticas. Pude meditar!
Deve ter sido pelo sol, que me trouxera o bronze, só para aqueles que aventuram-se a buscar um lugar ao sol em tempos de inverno.
Penso também que foi por causa da lua, que me acolhia, todas as noites...
Talvez tenha sido por conta das estradas, que me transportava a lugares magníficos...
Só pode ter sido pelos novos sabores que experimentei... Como não?! Gulosa que sou!!! Várias comidinhas orgânicas, naturebas, com novos temperos, tudo muito saudável e saboroso!
Ou quem sabe... foi porque eu enfrentei medos... Entrei em águas e matas desconhecidas (com muito respeito, é claro!).
Não se foi por eu estar no meio do nada - e me sentir tão inteira!
Não se foi por eu estar tão distante de tudo e de todos, e poder encontrar-me!
Deve ter sido, por eu ter gastado tão pouco. É lógico. E estar tão a vontade. Tão largada. E bela.
Certamente foi por eu poder usufrui um pouco da programação do encontro de culturas...certamente...Pude ouvir um bom som, vindo de Tocantins e de outros lugares. Pude me sentir arrepiada escutando, vivenciando e sentindo o canto de diferentes tribos indígenas. E de escutar o coro das índias, que transmitiam tanta força, paz e amor.
Deve ter sido porque me acabei de dançar! Pude escutar e dançar um bom forró, dentre outros ritmos, e ter momentos de libertação e de alegria.
Deve ter sido por conta das pessoas...como não?! Primeiro, pela boa companhia de amiga companheira, que comprou e abraçou uma ideia! Depois por conta da companhia de três rapazes - diga-se de passagem - tão generosos, gentis e acolhedores quanto a natureza que nos cerceava. E até mesmo por tantos bons aventureiros, viajantes, hippies e seilámaisoquê - que trouxera um clima de paz e amor! rs
Eu não sei se foi porque eu ando vivendo coisas tão profundas comigo mesma e que assim pude captar tantas outras... Não sei bem verbalizar o porquê, mas sei que senti e que muita coisa mudou em mim. Sim.
Agradeço!
quinta-feira, 28 de julho de 2011
Convido a todos para o coquetel de lançamento do livro "PRÓXIMA ESTAÇÃO - contos de trem, metrô e outros transportes urbanos", do qual eu participo com dois contos.
quarta-feira, 15 de junho de 2011
terça-feira, 3 de maio de 2011
DIA DE PAGAMENTO
Um professor titular de educação básica do estado de São Paulo, entre uma escola e outra, após ter pago suas contas no banco, é abordado por ladrão:
- Passe a grana! Passe a grana!
- Que grana?!
- O teu salário, é dia de pagamento. Passa a grana logo, rapá!
- Eu não tenho grana. Sei que é pagamento, mas o meu salário tá todo comprometido. Empréstimos, mais empréstimos. Acabei de pagar todas as contas. Não tenho grana. Sou um reles professor.
- Para de enrolar, passe a grana logo.
- A única coisa que tenho aqui é o meu ticket refeição. Só tem o equivalente a um único dia.
- Pode ser esse mesmo. Passe logo.Vai, vai, vai.
O ladrão ia seguindo, quando resolve olhar para trás e perguntar ao professor:
- Qual é o valor do ticket, hein?!
- 4,00 a refeição.
- PQP! Você pensa que estou passando fome!!!
O ladrão chuta um saco de lixo, resmunga, joga o ticket no chão e segue sem olhar para trás.
domingo, 3 de abril de 2011
Adesivos não colam!
quarta-feira, 30 de março de 2011
Meu coração - Arnaldo Antunes
terça-feira, 1 de março de 2011
Tão profunda, tão clara. Clarice.
MAS JÁ QUE SE HÁ DE ESCREVER...
Mas já que se há de escrever, que ao menos não me esmaguem as entrelinhas.
SAUDADE
Clarice Lispector